O projeto consiste na criação de uma fonte tipográfica de autoria própria.
Na matéria de Tipografia do curso de Design na ESPM, fomos desafiados a criar uma fonte autoral do zero, seguindo as características sorteadas pelo professor.
De acordo com os resultados sorteados por meu grupo,
a fonte criada por nós deveria ser:
O primeiro passo foi desenhar cada uma das letras à mão, utilizando como guia as mesmas linhas média, de base, das maiúsculas, de ascendentes e de descendentes.
Quando todas as letras foram desenhadas, passamos para a etapa mais desafiadora do trabalho: vetorizar nossos esboços no FontLab.
Foi um trabalho árduo e meticuloso, mesmo com todos os macetes ensinados por nosso professor. Como este projeto se datou na época da pandemia de Covid-19, passamos por diversas dificuldades, limitações e desorganizações, mas felizmente conseguimos materializar todas as letras do alfabeto juntamente com os sinais de acentuação.
Para o nome da fonte, o desejado era trazer uma atmosfera mística, coincidindo com o caráter das hastes caligráficas e serifas transicionais. A primeira ideia surgiu ainda no processo de desenho das letras, quando desenhamos a letra K e eu afirmei "K tá chique, hein?". O professor disse que seria um bom nome, "Katachique". Achamos engraçado, mas sentimos que não transmitia o caráter mais rebuscado de nossa tipografia. Quase optamos também por "Abrakadabra", que ia mais de acordo com a atmosfera mágica que sentíamos nos traços tipográficos. Entretanto, este nome possuía uma conotação de uma fonte mais fantasia, e já existiam fontes batizadas com ele.
Então, foi feito um brainstorm de elementos e símbolos do misticismo, e um dos pontos de chegada acabou por ser a erva sálvia, e descobrimos que seu caráter espiritual é datado desde os tempos do Egito antigo até os dias de hoje. Para não utilizar simplesmente o nome da planta, foi decidido trocar a letra V por um B, similando a pronúncia espanhola da letra V.
E assim nasceu a fonte Salbia.